terça-feira, 11 de dezembro de 2007

De repente pelo vento chegam às palavras Tão calmas...
De repente pelo vento chegam às palavras
Tão calmas e melancólicas que me dão um nó na garganta
Parecem com a música da orquestra clássica que ao som de um acorde trazem vida e morte
Mas não sou tão burro como os tais românticos que vivem para a dor
A dor da frustração de não terem nada feito
Mas não pensem que a dor e a tristeza não invadem o meu peito
Elas vem e atingem o meu coração como uma flecha certeira
Os românticos escrevem pela dor e os realistas buscam colocar seus olhos na carne crua
Esse não sou eu
Sei que nunca conheci um amor que valha a pena chorar
São todas as bocas amaldiçoadas que vivem no mundo a vagar
Todas são máquinas de sofrimento que derrubam um homem com um sopro como no vento
E a realidade?
Ela nem vale a pena
É tão imunda e odiosa como o próprio inferno
A busca pelo ser e o eterno viver
A realidade é droga que vivemos
Rotina, ódio de de nós mesmos e dos outros e em fim a falsidade do ser
Todos enfileirados esperando para invadir nosso pensamento
Sei que a vida passa, assim como as palavras são escritas e ficam eternamente no papel solitárias
Esperando eternamente que sejam lembradas assim como eu
Hoje vivo amanhã quem sabe eternamente esquecido
Por isso hoje não escrevo sobre amor nem realidade apenas a poesia que vem no vento e a palavra.
(Gabriel O dos Santos)

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