sábado, 7 de abril de 2007

Amor não e vicio e sim a chama da vida
A esperança de deus em um povo perdido em desespero
Amor e a própria vida despida aos grandes olhos da lua
O motor do poeta em seus próprios versos
A lagrima da viúva despedindo-se de seu amado
Será?
A pinga do bêbado e a corda do suicida
A comida do obeso e a seringa do viciado
O beijo da amante e a comida do sem teto
O corpo da prostituta e o seu próprio desejo por ele
Amor chama que não se apaga nen se abafa
Se esconde e se intima
Esta dentro de nos e não se retira
Quem tem amor?
Aquele que chora e ri, sofre e finge que não sofre
O escravo por sua pátria e o senhor por seu dinheiro
O cego por uma cura e o aleijado por duas pernas
O sexo do inocente e o amor inconseqüente
Mas o que eu sei ?
Amor e somente amor
O mundo precisa dele
O cego, o manco, o aleijado, o banqueiro, o escravo
A puta, o bêbado o dinheiro, a loja e ate eu
Sem amor tudo vira um inferno cheio de medo e dor
Mas o que eu sei?
Só palavras

Gabriel Otavio dos Santos

terça-feira, 3 de abril de 2007

Ao meu avo jorge

Ah velho zuza que saldade
Lembro-me daquele tempo
Em que tu ficavas fulo quando dizíamos
Vo você e preto
Não aceitava ser escravo
E dizia
Não sou preto sou descendente de índio
Mas nunca tinha visto índio com lábios tão carnudos e cor tão escura
Nunca soube por que a paixão por sua própria poesia
Não aceitava nenhuma outra
Eu ate tirava sarro
Mas não entendia
Era o amor da sua vida
Mas olha meu amado Zuza
Cuida de mim ai de cima
Que um dia eu chego
Nem que seja de avião
De trem
Ou de bondinho do pão de açúcar
Para te contar as coisas da vida
E ouvir toda aquela poesia
Que só você entendia

Gabriel Otavio dos Santos