quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Olhes meu amor
Estou a tua procura
Tú que és flor
Que tens teu cabelo espalhado pela manhã
E que ficas linda quando brava
Que tem seu perfume como flor
E lindos olhos de mel derramados pelas mãos de deus
Onde estás?
Sei que te procurarei na China e Japão
Talvez irei até a lua
Olharei em todas as estrelas
Acho que a mais bela serás tu
Irei até o infinito e esperarei dez, cem ou mil anos
Só sei que te quero
Tu és pedaço mim
És parte de minha alma
Agora só desejo que saibas
Tu que fala a língua dos anjos e é a mais bela das obras de arte
Pois saibas sim
Não morrerei sem ti nem viverei sem ti
Pois tu és pedaço de mim
Pedaço da alma e do meu coração

Gabriel Otávio

Deve- se estar sempre bêbado.
É a única questão.
Afim de não se sentir o fardo horrível do tempo, que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra. É preciso te embriagares
sem trégua.

Mas de quê?
De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto mas embriaga-te.

E se alguma vez sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de uma vala, na sombria solidão de teu quarto, tu te encontras com a embriaguez já minorada ou finda, peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa, a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme. Pergunte que horas são.
E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, te responderão.

É hora de se embriagar !!!

Para não ser como os escravos martirizados do tempo, embriaga-te. Embriaga-te sem cessar.

De vinho, de poesia ou de virtude. A teu gosto...

(Charles Baudelaire)